Traído
Na verdade eu ainda, não, há algo especial
Sim sim, há aquele brilho todo de luz e forte e vívido
Só acho que ele seja forte e é
Mas não sei bem o que dizer, como me expressar em palavras e frases
E dizer exatamente
Mas sei que o Rio Profundo persiste
E consegue vitória momentânea contra mim
E há vanglória no Vale Do Rio
No lodo, na lama, no sujo, no imundo, nos restos, no Pântano
E eu aqui persisto em dúvidas, a cogitar loucura? Retorno?
Retorno ao Rio?? Isso mesmo que eu disse?? certeza?
Não absoluta.
Mas sei que minha mente já não mais acredita em fadas e seus contos
E ela tem noção da realidade cruel, fria, congelada e opaca
E o que chamo de alma acredita e desacredita em tudo e em nada
E ao mesmo tempo me encontro em lágrimas, negras
Com poeira, não, areia, e terra preta também, do Pântano
Nossa saiu nos meus olhos o lodo, a sujeira de lá
Sei não se isso é cogitar desistência, ou fraquejar
Mas que seja, não sou Semi-Deus ou algo divino e profundo
Não obscurecido, não que eu saiba, pois há luz na minha alma
E aquele trinco fortaleceu essa luz, me trouxe esperança
Só que não mais acredito no tempo....
Em pensar que fomos bons amigos
Em pensar que até saímos para nos divertir
Para observar a Lua
Nesse episódio ele me trouxe rápido o amanhã
Foi quando à tive...
Mas me traiu esse amigo que considerei do coração
Me traiu sorrateiramente, e joga sujo comigo
Não quero desespero, não há
Só não quero mais ilusões com você
Me devolve minha vida?