A Criatura da Madrugada
do outro lado da noite
onde o vento esfria a alma to tempo
comendo o sangue dos anjos
o espirito das trevas na festa das sete velas pretas
a carne do bode malhado
ficou podre com tantos gritos de blasfemia
que cobriu
a casa com o manto da dor
misturado com sete tiros de metralhadora
agora as cores foram roubadas
e o natal das crianças mortas
não vai ter o mesmo gosto de um pão de mel