Desilusões
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Eu tentei.
Por dias insisti.
Lutaria a vida inteira,
sei que lutaria.
Enfrentaria preconceitos,
desfaria laços,
ouviria sermões e gritos...
Cegamente acreditei.
Acreditei nas promessas;
debrucei-me em ilusões.
Suportaria tudo,
sei que suportaria.
Entretanto, não havia luz,
não havia convencimento.
De repente,
sou pego de surpresa:
surge a possibilidade do encontro...
Quanta felicidade!
Esqueci-me, pobre e tolo homem,
que havia fila, uma lista de espera.
Demorei e outro foi em meu lugar.
Ela se produziu toda:
vestido preto, sem calcinha...
Liguei, tentei furar a fila.
Como resposta:
“Ele está aqui, não posso mandar voltar!”
Verdade, por que mandar voltar?
Quem assim se veste precisa do coito.
Tenham excelente noite!
Embriaguem-se, divirtam-se...
Faça muito amor, faça valer a pena!
Apenas um pedido:
não me mande notícias,
não quero saber de nenhum detalhe.
Afinal, nesta poesia está o meu adeus.
Fortaleza-CE, 27 de Julho de 2013.
00h07min
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