Abraço era o que não tinha.

Ele ficou, mas não estava lá.

Até o ar era diferente.

Não sufocava mais.

Ela bateu a porta, porém permanecia.

O som, triste, aquecia.

A voz gritava, mas não incomodava.

Abraço era o que não tinha.

Acostuma-se a abraçar o mundo.

Acostuma-se a abraçar a despedida.

Acostuma-se a abraçar o som novo;

Som novo, velho, que já não mais tinha.

Que o abraço seja eterno enquanto dure.

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 23/07/2013
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