Desilusão

Dias iguais enfeiam meus apriscos

Ovelhas gemem ausência dos trigais...

Queria mais, mas nada mais avisto

De tédio e ais, repletos meus momentos...

Morro por dentro a cada badalada

Do velho sino, da velha matriz.

Felicidade esvai, existe por um triz,

silenciosa, morre a tarde, e nada...

Volvo o olhar, desvio o pensamento

Bebo do vento, ávido, a sonhar

Mergulho ao fundo, buscando um alento...

Sorrir eu tento... Desenho a sua face

num doce enlace, te imagino e ah,

tarde demais, me lembro, era Novembro

E agora sei, que não será jamais!!!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 23/07/2013
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