@CHÃO DE TEMPO - Adeus.
Amarrotou os vincos do rosto,
madrugada,
o travesseiro, dobrado, redobrado,
único refúgio,
último cheiro,
um tempo possível.
Alcova.
Um violino.
Serenata, só.
A manhã acende sua chegada.
A ceia está posta.
Cadeira vazia.
Falar para quem?
Falar de quem?
Falar do quê?
Os dedos sustentam a cara.
As lágrimas viajam tristeza.
Partitura. Valsa do adeus.