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http://migre.me/fymhJ
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SENTIMENTO DESDENHADO
Padece o sentimento desdenhado
Preso nas garras da indiferença
Seu grito ecoa num apelo febril
Afogando-se no mar da descrença
Um vento gelado atravessa o vazio
Assobiando um lúgubre presságio
De repente, o que havia esvaiu-se
Feito fumaça de um cigarro amarrotado
A dor que sangra o peito moribundo
Mistura-se ao sal da lágrima contumaz
Que um dia iludida, atreveu-se a pensar
Que não rolaria de tristeza nunca mais.