Palavras idas...

Dá-me a tua mão amada

e caminharemos juntos.

Qualquer distância que fizermos viva

ser-nos-á um prejuízo

indesejado.

Minhas palavras seguem,

indo beber ao teu ouvido,

levando flores,

tecendo certo improviso

que apenas os apaixonados sabem.

Dá-me a tua mão,

sê minha...

dissipa-me essa agonia

de não me fazer ser ouvido

por teu coração.

Amanhã, se minha voz calar-se,

ouve-a assim mesmo.

Talvez tenha ido viver longe,

triste com algum deszelo,

que não lhe soube dar algum amor

surdamente desassombrado.