FUGA

FUGA

Paulo Gondim

14/07/2013

O meu eu se desencontra sempre

Por caminhos a procura do teu

Por vias e rotas paralelas

Assim é meu eu, um barco

À deriva, sem velas

E nossos “eus”- o meu e o teu

Se desconhecem, fingem distância

Não se dão a verdadeira importância

Meu eu se faz amnésico

O teu se faz estratégico

Para fugir do meu

E por que fugir do que não é real

Se a incerteza do bem supera a do mal?

Nossa fuga é comum

Apenas por vias de mão única

Saem de pontos isolados

Para outros, também, desencontrados