TEU JULGAMENTO

TEU JULGAMENTO

Jorge Linhaça

O rosto oculto pelo teu capuz

entre a penumbra do antro

apenas umas nesgas de luz

iluminam teu denso manto

És juiz e também o verdugo

a infligir-me as duras penas

como fosse eu apenas refugo

por essas coisas tão pequenas

Escondes a face, fugidio ser

fechas os ouvidos ao clamor

por medo do teu arrepender

Encenas um teatro de horror

por não quereres aquiescer

à luz branda e suave do amor