Andarilho

Andarilho do destino

Engasgado pelo grito

Em busca do refúgio

Que outrora estivera lá

Olhar no horizonte

O crepúsculo não tarda

Mesmo depois

De uma madrugada de insônia

O sol não mais aquece o coração

Nem há lagrimas para refrescar-lhe

O sussurro das promessas

A ecoar-lhe nos ouvidos

Tropeça em sua sombra

Um sorriso esfacela-se ao chão

De joelhos a gritar

por aquela que não o ouvirá

Retratos que não existem

Eternizados na memória

O silêncio o entorpece

à falta da sua voz

Cartas jazem enterradas

No náufrago do seu amor

Submerso em agonia

Andarilho do destino

Ygor Gomides Carvalho
Enviado por Ygor Gomides Carvalho em 11/07/2013
Reeditado em 11/07/2013
Código do texto: T4383016
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