Andarilho
Andarilho do destino
Engasgado pelo grito
Em busca do refúgio
Que outrora estivera lá
Olhar no horizonte
O crepúsculo não tarda
Mesmo depois
De uma madrugada de insônia
O sol não mais aquece o coração
Nem há lagrimas para refrescar-lhe
O sussurro das promessas
A ecoar-lhe nos ouvidos
Tropeça em sua sombra
Um sorriso esfacela-se ao chão
De joelhos a gritar
por aquela que não o ouvirá
Retratos que não existem
Eternizados na memória
O silêncio o entorpece
à falta da sua voz
Cartas jazem enterradas
No náufrago do seu amor
Submerso em agonia
Andarilho do destino