NA JANELA

O sol
Deslizou
No painel azulado
O vento soprou
Balançou
O mar
Um barco zarpou
Levou utopias
A ave voou
Esbanjou harmonia
O campo floriu
A criança sorriu
Refletiu
A alma singela
Uniu paralelas
O sol cumpriu
A sua missão
A noite estendeu
Sua cortina
Sobre o dia.
E eu na janela
Desencantada
Desalada menina
Sem fazer nada
Com o rosto na mão.


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LAMENTO

 Pensando em quê?
Nem eu sei,
talvez quem sabe em você
que, um dia, muito amei.
Mas você se foi, não voltou,
somente saudades deixou,
dentro em mim,
coisa ruim.
Não há meios de ir-se embora,
já a botei porta afora,
porém ela insiste
- persiste,
e eu aqui chorosa e triste,
amargando este sofrer.
Não sei mais o que fazer.

 Quero sonhar novamente,
sou uma menina inocente.

(HLuna)