Da alma o Amor
Hoje quando a noite caiu
Trazendo o luar envolto em brilhantes,
Sobre a mesa a taça se encheu em vinho
Branco, borbulhante, instigante
Como as palavras semeando-se no papel!
Além dos astros que romperam o breu,
Uma brisa de inverno adentrou entre as cortinas
Inventando balés, dando melodia a cada verso
Se descrevendo sob a penumbra do birô,
Escreviam o sentir, o cantar da quase meia noite!
D’uma tênue voz se enfatizou o pranto
A beleza de versar a solidão em solitude,
Em acordes amiúdes despertos ao pôr do sol
Orvalhando em ébrios as flores do jardim,
Cada sentimento do amor brotando pela alma irmã!
Pela sacada o olhar aos céus
Aos quadros pintados pelo estrelar!
Oh, lágrima pungente!
Nada se sobrepõe a ti quando vens
De dentro sem apelos incomuns aos desejos
Reflexos do âmago, do seio do silêncio,
Do verbo entre o beijo e o navegar das canções!
09/07/2013
Porto Alegre - RS