Romântico ou louco

"O pão cai

e cai com a manteiga pra baixo!"

(Mussum)

Não espere por amor poeta,

Pois, o amor que anseia

Teu destino não guarda

“E o que guarda meu destino meu deus”

Guarda-te sua morte,

Sua utopia, seu marxismo

E o seu inferno!

“E meus amores meu deus?”.

Teu coração pulsara em sua cova fria e escura,

Amaras o invisível,

O intocável, em sua cova,

Uma cruz fincaram em seu peito

E, assim, terás teu fim!

2

Por levar uma vida de versos,

O que é um poeta?

Um canário que canta e diverte,

Depois, seguem suas vidas...

Encobrem a gaiola e esquecem teu canto!

“A poesia é maldita

Maldito é teu coração “

Que ama ao mundo,

Que ama a si mesmo!

E quando morto estiveres na estrada

Passarão e dirão:

“Era poeta, louco medíocre...”.

Escreveu, divertiu-nos e morreu!”“.

3

Eis tua morte,

Tua vida...

De seus versos pouco sobraram,

De sua amada outros amaram!

E no vazio de seu coração

Escutar seu gemido

Suas juras, e seu esquecimento!

De sua amada

Nem na morte esqueceras,

Veras sua vida, seus amantes

E seu deleite e sua certeza...

4

E um dia, a ela perguntarão:

“Já amastes a um poeta?”.

“Não!” que ela respondera!

5

Há poeta!

Uma vida tão tola,

Uns versos tão pobres...

E um sofrimento eterno

Não perguntarei se queres outra vida

Saberei o que respondera.

Tolo poeta!

Cristian
Enviado por Cristian em 04/04/2007
Reeditado em 04/04/2007
Código do texto: T437682