ReVolta.

Volto a ti, de onde nunca saí

desisti de tentar ser solteiro

vou viver com sensatez e arte

me declaro inteiramente em festa

Volto a mim, de onde me perdi

pois aqui existo por inteiro

volto a ser, a ter, a fazer parte

ver ao claro, sem o que me impeça

Volto à vida que jamais vivi

tento por um grito derradeiro

já que vida mesmo é amar-te

isso é tudo que meu ser atesta

Volto à morte, pois morro por ti

para o resto sou como estrangeiro

e também pra ti por não tocar-te

e não há medida que isso meça

Volto ao tudo, ao nada, volto aqui

a lugar nenhum, ao mundo inteiro

pra dizer-te, nunca me encantaste

na verdade é bom que te despeças

Volta então, perdoa o tolo em mim

este louco é como um cão mateiro

que maldiz o que de mim te afaste

e não disse uma bobagem dessa

Volta ao começo, pois é dado o fim

não importa mais ser caminheiro

e não há caminho que me baste

acabou-se, isso é o que interessa.

Weverton Duarte Araújo
Enviado por Weverton Duarte Araújo em 06/07/2013
Reeditado em 06/07/2013
Código do texto: T4375474
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