Palavras da Madrugada
Em nuances criadas por quimeras noturnas,
Simples e enaltecidas pela madrugada
Vinda da noite brilhante de um verso feito anverso
De um nobre reverso que dos ventos versava-se
Como um poema em prantos, de encantos!
Lá, no alto da folha alva nasceu uma lágrima
Escolhida pela brisa adentrando fria,
Mas em melodias de avessos transcritos
A partir d’alma, da lua alumiando a dor,
E cedendo-se em palavras nuas, desnudas árvores!
Ao som dos pífaros a cortesã dos céus
Nas águas espelhou-se, se pondo no horizonte,
Deixando em mistérios um beijo embriagante
Quiçá de um lábio escarlate, içar de um tempo saudade,
Movendo-se em silêncio, poeticamente sentimento!
Sob o gotejar das folhas amanhecidas
Abre-se em colorido de todos os versejados jardins,
Aquecendo-se do inverno, traçando-se em linhas
Ditadas por um olhar na janela sorvendo da manhã
A canção em solitude, no silêncio marcado pela flor!
Pelo amor pulsa o âmago!
06/07/2013
Porto Alegre - RS