HOMEM FEITO DE PEDRA
Estou debruçado imóvel
na janela do tempo esquecido.
Querendo vê a mulher estranha
de corpo bronzeado e esbelto.
Imagine a menina solitária
condenada a sobreviver
no mundo real sozinha, triste,
sentada nas nuvens.
Eu chorava a felicidade
abraçado a minha amada.
Que sorria sem saber do amor
que eu sentia por ela.
No meu peito a cicatriz sangrava
e o homem feito de pedra,
Escrevia a poesia eterna na areia
para a onda levar para o mar.
Mais uma vez me vejo imóvel
debruçado, triste, observando,
O interior solitário e frio
do meu próprio caixão aberto.
E eu deixarei o amor chorando
um coração em luto por amar.
E o adeus em silencio total
na saudade que soluça a chorar.
__Nillo Sergio.
Poeta do balcão