Ilusão das tardes frias

Inteiramente só

Vestida de restos

Vestida de sombras

Corpo retorcido como raiz que se perdeu em meio ao solo infecundo

Jaz o mundo aberto no descortinar do olhar

Jaz!

Sementes tantas que se lançaram das mãos

Pela ilusão das tardes frias

Vazias pesando tanto no horizonte aberto do peito

É minha alma toda ali...nesse derradeiro pranto sentido

É minha alma ali, nesse derradeiro corte despido

Sangrando a sina de abandonar-se ao momento

Porque choras alma tempestiva

Quem roubou tuas asas?

Nesse inverno que aplaca o peito

Derramas dos olhos o sal do dissabor

Esse destempero...

Esse coração na mão

Esse voo no chão!

Marcia G
Enviado por Marcia G em 01/07/2013
Código do texto: T4366426
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