ATÉ O FIM
“Minha alma de sonhar-te anda perdida”,
E é inútil procurar o meu rosto no espelho,
Inútil desejar a ternura etérea do evangelho.
Nada enternece - tudo parece tão distante,
Como estrelas que vagam na noite indecifrada.
A única tarefa que me cabe é continuar errante,
Sorver o cálice da angústia bem devagar,
E mesmo sem sair do lugar; navegar...
Até que se cumpra a estranha vida.
“Minha alma de sonhar-te anda perdida”,
E é inútil procurar o meu rosto no espelho,
Inútil desejar a ternura etérea do evangelho.
Nada enternece - tudo parece tão distante,
Como estrelas que vagam na noite indecifrada.
A única tarefa que me cabe é continuar errante,
Sorver o cálice da angústia bem devagar,
E mesmo sem sair do lugar; navegar...
Até que se cumpra a estranha vida.