O BARULHO DAS ÁGUAS

Pequena cabana, no  meio da mata,
onde mora um poeta, e um viralata,
no quintal, por enquanto, nenhuma flor...

Ao longe, uma cachoeira que deságua,
trazendo para a mente, triste mágua,
e saudade, de tão distante amor...

Do leito do rio, os vagos ruídos,
fazem recordar, tempos perdidos,
que se transformam em dor...

Ouvindo dos pássaros, os belos piados,
transportam me, para tempos passados,
tristeza, invadindo a alma e o coração...

Relembrando o rosto, da antiga namorada,
torna muito mais longa essa madrugada,
tudo, se transformando em solidão...

Mas nem tudo e tão deserto,
por que ouço aqui bem perto,
o barulho das águas, do ribeirão...


GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 28/06/2013
Reeditado em 28/06/2013
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