Fim da ilusão
Vivo numa cidade ilusória
Acordando na madrugada da incerteza
Procurando caminhar descalça
Mesmo sem ter chão.
E vejo, a tristeza correr pelas paredes
Sem flores nos jardins de cimento
A pobreza enriquecendo os pratos.
Mas o poeta voa nas asas da imaginação
Sente a verdade do amor
Nos versos que sopra ao vento.
E ele me cantou rimas daquele tempo
Poemas que falam de beijos, amores
Naquele mundo de afetos em flor,
Partilhando um jardim de silêncios.
Mas tudo é uma ilusão...
A ilusão se faz poema
O sonho se embriaga
E acaba por morrer.