Desnuda Melancolia
Logo mais quando a noite cair
E o céu por si iluminar-se,
Quiçá, um lamento vestido de dor
Tomara conta do peito já despido,
Em devaneios ocultos, meu silêncio!
Pelo firmamento de Neverland
Cometas e gametas surgem junto
Ao estralar desenhado em anversos,
Etéreos como o instante da escrita
Verve do elemento água, vida
Que vem da montanha!
D’onde nasceu o rio,
Sereno navega o veleiro de velejar
Nas letras do âmago incontidas,
N’alma desprovida da lágrima,
Mas não do pranto silente amigo, onipresente!
Ah, doce melancolia!
Da onde vens para onde vais
Doando-te assim, em versos instrumentos
Do corpo celeste, do garimpar entre as nuvens
Da magia de sentir o sentimento e sua nobreza?!
- Sou do pulsar, sou da fantasia do coração!
27/06/2013
Porto Alegre - RS