NOTURNO

Vem a vaga.

Encrespa a água.

Mergulha uma estrela.

A lua dança.

O condor alcança.

Vento balança.

A luminária,

que clareia a área.

Salto da rede.

Tenho sede.

Sede de uma bebida quente.

Quero esquecer o antigamente.

Estou enregelada.

A noite gelada.

Lá fora... passos na calçada.

A lembrança da lagoa é coisa à toa.

Revés do tempo.

Só pensamento.

Ou ainda é tormento?

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 03/04/2007
Reeditado em 02/04/2011
Código do texto: T436078
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