Menestrel das Letras

Sentimento! Ah, sentir!

Ecoou pelo tempo, pelo espaço,

Sobre a face criou a mensagem metafórica,

Quem sabe um poema, um soneto,

Um verso quase etéreo, onipresente

Ao peito estreito, a pele úmida do plantar!

Pranto! Oh, pranto da languida canção

Adentre pela nau, leva-a aos confins,

Lá, onde o pescador se faz menestrel das letras,

Escriba do próprio destino, um tanto teatino...

Pivô de letra e melodia... Falou ao coração!

Além do poente lunar, a palavra em fulgor,

Lamentando-se em vertentes rubras, idílicas sim,

Ao se deitarem no branco da folha

Fazendo-se pauta partitura, essência amar,

Para o amor em silêncio ou fogueira São João!

Elegia e parnasiana caiu do olhar, lágrima...

Inventado em cada veio um devaneio quimérico

Como do leste o nascer do sol despertando a flor,

E a oeste as cores do crepúsculo fazendo a noite

Trazendo a lua de toda poesia!

23/06/2013

Porto Alegre - RS