Bem vinda a solidão
Um frio em minha espinha.
Sinto sua presença, seu cheiro penetra em minhas narinas.
Ela se aproxima.
Com sua mesma crueldade.
Com sua velha maldade.
Que tola eu fui, como pude sonhar, que em paz ela iria me deixar.
Não tenho mais aonde me esconder.
Minhas pernas já não podem mais correr.
Sua escuridão me rodeia.
O ar já me falta.
Sinto as lágrimas escorrer em meus olhos cansados.
Aos poucos me sinto tomada, aos poucos me sinto vencida.
Ela penetra em meu corpo como um terrível veneno.
Domina meu corpo, minha alma e meu coração.
Bem vinda de volta minha amarga solidão.