Despedida
Arrastava sua longa saia
De folhas secas e gotas de lágrimas
Caídas do céu,
Dos olhos cinzentos das nuvens pesadas.
Carregava consigo, o sonho amargurado
De uma tarde alta
Que já terminava...
Sobre o galho seco,
Um pássaro cabisbaixo cantava...
Entrava, sem medo, no longo inverno
Que aos poucos, se aproximava,
E conforme ele entrava
Morria, morria...
E a tarde chorava!
Escurecia; um vento uivava de tristeza
Pelo outono,
Que se despedia!
E no chão, as folhas secas
Iam formando o longo manto
Daquele véu, que o seguia.