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Despedida

Arrastava sua longa saia
De folhas secas e gotas de lágrimas
Caídas do céu,
Dos olhos cinzentos das nuvens pesadas.

Carregava consigo, o sonho amargurado
De uma tarde alta
Que já terminava...

Sobre o galho seco,
Um pássaro cabisbaixo cantava...

Entrava, sem medo, no longo inverno
Que aos poucos, se aproximava,
E conforme ele entrava
Morria, morria...
E a tarde chorava!

Escurecia; um vento uivava de tristeza
Pelo outono,
Que se despedia!
E no chão, as folhas secas
Iam formando o longo manto
Daquele véu, que o seguia.



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 20/06/2013
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