VIDA VEGETATIVA
Como um cigarro no cinzeiro,
Todo aceso ali inteiro,
Soltando u fio de fumaça,
Que sobe lenta, não disfarça,
E aos poucos desaparece.
É a brasa que consome
Aos poucos some,
E tudo se torna cinzas.
É assim a monotonia,
De uma vida tão vazia,
Sem sonhos sem esperanças,
Assim como o tic-tac, monótono do relógio,
Vai passando, passo a passo,
Passos lentos enfadonhos,
Condenado a não ter sonhos.
Onde o único passa tempo,
É ver o tempo passar,
Mas o tempo preguiçoso,
Passa lento tão manhoso,
Parece que por pirraça,
Quase para quando passa,
É assim o desalento,
Do tempo que passa lento,
Folhas pesadas ao vento,
Ficam suspensas no ar.
Esta vida inexpressiva,
Sem remédio, é só tédio,
É vida vegetativa