VIDA VEGETATIVA

Como um cigarro no cinzeiro,

Todo aceso ali inteiro,

Soltando u fio de fumaça,

Que sobe lenta, não disfarça,

E aos poucos desaparece.

É a brasa que consome

Aos poucos some,

E tudo se torna cinzas.

É assim a monotonia,

De uma vida tão vazia,

Sem sonhos sem esperanças,

Assim como o tic-tac, monótono do relógio,

Vai passando, passo a passo,

Passos lentos enfadonhos,

Condenado a não ter sonhos.

Onde o único passa tempo,

É ver o tempo passar,

Mas o tempo preguiçoso,

Passa lento tão manhoso,

Parece que por pirraça,

Quase para quando passa,

É assim o desalento,

Do tempo que passa lento,

Folhas pesadas ao vento,

Ficam suspensas no ar.

Esta vida inexpressiva,

Sem remédio, é só tédio,

É vida vegetativa

CEZARIO PARDO
Enviado por CEZARIO PARDO em 19/06/2013
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