Prisão
Meu corpo é uma prisão;
Para minh’alma atormentada.
Que a todo custo quer fugir
Deste eterno ponto de interrogação;
Que insiste em me perseguir
Nesta curta jornada.
Durante a noite, sob a luz do luar;
- enquanto durmo -
A alma se liberta;
E posso, enfim, viajar.
Em outros tempos, por outros rumos;
Posso visitar outros errantes,
Aqueles que a carne não conhece, o espírito sim.
Posso abraçar aqueles que já não vejo;
E acabar por um breve momento
Com aquela velha angústia
- que não incomoda -
Porque que já faz parte de mim.