QUASE

Noite sem poesia
Vazia
Copo cheio de vinho
Eu em desalinho
Sentindo
Uma aguda agonia
Me rasgando
De fora pra dentro
Eu sozinho
Insustentável momento
Eu me perdendo
Quase enlouquecendo,
Quase gritando
Abrindo
Em dor o infinito
Mas resistindo
Calando o meu grito
Em mil fragmentos
Para não incomodar
Os vizinhos.