Das Lágrimas as Palavras
Adentrou a madrugada,
Nesta noite cinzenta de arvores nuas,
Ruas vazias, pautas sem cores,
Dores olores e pela face a lágrima,
Incontida do marejar fala-me em estros!
- Às vezes venho do vento entre uma palavra e outra
Procurando uma folha, um poema ou um poeta
Que a ouvir o silêncio debruça-se em lamentos,
Ilógicos incomuns a simplicidade do amante!
- Daquele mar que beija areia,
Grafa em riscos e rabiscos um versículo, um alento,
Um desenho entendido só pela alma, coração
É meu sabor também pintando teu rosto de verdade!
- Sou humilde, trago do imo
As tintas de uma tela por vezes sedutora
Para um peito entristecido, uma voz pelo breu,
Sou homem ou mulher, impar, sincera!
Por semânticas e metáforas, amiga minha
Foste e és minha inspiração pela pele
Ou pela solitude dos meus escritos brancos,
Quiçá quem sabe de lendas, uma história!
- Ah, meu caro amigo poeta
Sou parte de ti em côncavos e convexos,
Tua amiga incondicional seja aqui ou lá
D’onde teu sonho viaja e traz o amor!
- Quando precisar deixe-me vir,
Eu sou teu sentimento simplesmente puro!
13/06/2013
Porto Alegre - RS