Esquecê-la sim!

Trago dentro do peito:

um cadinho de fé,

quilos de desilusão,

metros de angústia.

E’ numa larga estrada onde caminho

olhando flores, pisando espinhos,

deixando o sol beijar minha pele,

em que moro.

E’ o que tenho..., meu espólio,

a noite, o dia, o dia, a noite.

Foi o que me deu a vida.

Na poeira dos pés, as lágrimas caídas

ressequidas e acabadas

ficam no infinito escondido das estradas,

o que nunca mais se vê.

Minhas lágrimas enchem o mar

e a dor, o meu peito.

Viajo para não morrer de amor.

Se fico a vejo, se a vejo sofro.

Preferi perdê-la para um outro

e findar o resto da minha vida

a caminhar com o meu desgosto,

estrada afora...