No meio da noite
Não é tristeza, nem solidão,
É apenas uma vastidão, um vácuo, um vazio sem nexo, sem sexo.
Tive um nome, um lindo nome, hoje tenho esse nome de merda, esse nome piegas, sem sentido e sem fim.
Lá se foi a calma, agora tenho a raiva.
La se foi a raiva, hoje tenho a solidão, a tristeza,
Que em meu olhar fingi ser algo que não é.
Não tenho mais a calma, não tenho mais uma alma,
Estou sozinho no meio da multidão e com toda essa loucura me vejo aos prantos em frente ao espelho.
Meu sentimento não vale a pena, eu não valho a pena. Mas valho ao mesmo tempo. Sou uma antiguidade, talvez.
Sou e apenas sou, e não mudarei tão cedo.
Não serei parte do molde tão depressa.
Sou e apenas sou, sem rimas, mas ainda sim o poema se faz decorrente da poesia que sinto em meu ser, em meu peito, em minha carne e em meu fogo.