Esquina do tempo...

E eu fiquei parada

Na esquina do tempo,

Naquele desespero, percebendo

As rugas causadas pelo

Sofrimento...

Entre o emaranhado da própria

Artéria coronária, entre o vazio e o

Ideal que se estraçalha...

E ficou perecendo ao meu lado a

Esperança, cinzenta, macilenta

De uma guerra que

bem podia ser bonança...

Um sonho dourado, escapando,

Entre dedos enfraquecidos.

Lutando contra os temporais,

Contra pesadelos enfurecidos!

Uma à uma as pessoas se iam

Numa procissão macabra...

Dizendo covardemente adeus,

A uma alma que se acaba...

E na esquina do tempo, ficou

Uma lágrima a regar uma pobre

Plantinha frágil que o impiedoso

Vento num pequeno sopro conseguiu

Matar!...

Mary Trujillo

Julho 1992

Esquina del tiempo...

Marilena Trujillo

Y yo me quedé parada

En la esquina del tempo,

En aquella desesperación, percebiendo

Las arrugas causadas por el

Sufrimiento...

Entre lo enmarañado de la misma

Arteria coronaria, entre el vacío y el

Ideal que se destroza...

Y quedó pereciendo a mi lado la

Esperanza, gris, macilenta

De una guerra que

Bien hubiera podido ser bonanza...

Un sueño dorado, escapando,

Entre dedos enflaquecidos.

Luchando contra los temporales,

Contra pesadillas enfurecidas!

Uno a uno todos se iban

En una procesión macabra...

Diciendo cobardemente adiós,

A un alma que se acaba...

Y en la esquina del tiempo, quedó

Una lágrima regando a una pobre

Plantita frágil que el impiadoso

Viento, de un pequeño soplo, consiguió

Matar!...

Mary Trujillo

Julho 1992

Versión en español

Alberto Peyrano

Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 17/08/2005
Código do texto: T43254
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