Por Parecer

Pareço nada menos do que sou

dos sorrisos congelados pelo tempo

aos tremores que controlam impotências!

Pareço grave como a forma de ouvir

o choro breve das crianças,

Como angústias que castigam as ruas

não lhe poupando humildades

não lhe servindo humilhações.

Pareço teclas sublimes

dum piano desajeitado

buscando toscamente me equilibrar

na madeira desidratada,

desviando de famintos cupins claros.

Pareço a selva que se move atrás de mim

a cada constrangimento desesperado por vida

a cada salvamento angustioso

que me aliena!

Eu pareço a cota da casa do livre,

eu não me pareço certa

ao mostrar o distante do alvo!

Bárbara Pinheiro
Enviado por Bárbara Pinheiro em 03/06/2013
Código do texto: T4323826
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