Amor em Languidez
A neblina é densa
Suas brumas já escondem a lua,
Ofuscam a cidade das luzes
E a relva cobre-se por um gelo tênue...
Do breu, também vem à magia da poesia!
Por traz das lágrimas
A face se compõe em languidos versos,
Frases quase itinerantes doam-se
Ao brando, ao branco instrumento
Sobre a mesa, junto à penumbra do poema!
É como uma orquestra de câmara
Plantar em um porto uma partitura
Sem nome ou sobrenome, deixando
Feito guia uma nota triste em oitavas baixas,
Notas que sangraram pel’alma em confraria com âmago!
O luar encoberto não encobre a solitude
Dos sonhos extirpados para uma lâmina amolada!
Cada vez que a melodia encontra-se
Com os caminhantes da noite,
Tudo se reflete nos espelho das águas,
Nos confins de um universo sem fim
E na simplicidade do eterno sentimento... Amor!
31/05/2013
Porto Alegre - RS