O dia em que morri...

Pedaço por pedaço, vou me compor

Se passo o que passo por crime cruel.

No compasso da vida e da dor.

Feriu-me fundo o mais fiel.

Não rasguei tua honra

Tão pequena ferida levou-o

A ato de crítica e zomba.

Nunca... palavra desonrou-o.

Tua frieza como agulhada sangrou.

Nesta sem entender compadecida.

Afunda em lago por tanto que chorou.

Quanta ira! Com palavra endurecida.

Coração inquieto chora e sangra.

Formou-se uma grande ferida.

Nada passa, alma em dor estanca.

Fui por ti muito amada e querida!

Que se cole pedaços dos meus traços.

E que em azul flutue e ilumine.

Não sei mais o que faço.

Quero voar. Borboleta me ensine:

...ir até a altura

... sair do casulo.

... esquecer desventura.

Regina Ferreirinha
Enviado por Regina Ferreirinha em 31/05/2013
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