O dia em que morri...
Pedaço por pedaço, vou me compor
Se passo o que passo por crime cruel.
No compasso da vida e da dor.
Feriu-me fundo o mais fiel.
Não rasguei tua honra
Tão pequena ferida levou-o
A ato de crítica e zomba.
Nunca... palavra desonrou-o.
Tua frieza como agulhada sangrou.
Nesta sem entender compadecida.
Afunda em lago por tanto que chorou.
Quanta ira! Com palavra endurecida.
Coração inquieto chora e sangra.
Formou-se uma grande ferida.
Nada passa, alma em dor estanca.
Fui por ti muito amada e querida!
Que se cole pedaços dos meus traços.
E que em azul flutue e ilumine.
Não sei mais o que faço.
Quero voar. Borboleta me ensine:
...ir até a altura
... sair do casulo.
... esquecer desventura.