E se a palavra morrer?
Um silêncio me ironiza
e é teu palavrório iliberto,
como a desviar-me de uma loucura
que reluta em abraçar-me forte.
Custa-me ouvir,
próximo ao meu corpo está a morte,
onde hei de viver todo o esquecimento
de quem sempre fugi.
Ardem-me os olhos,
inválidos de teus palhaços cruéis:
um de bronze, outros de papéis,
todos eles tão desaforados!
Vêm com o vento,
esse mesmo que leva e traz meus tormentos,
os que não me amam,
os que não me querem.