Terra amarga
Eu declino nos dias
A galopes rápidos de uma dor que alucina.
Em uma grande odisseia
Meu corpo anseia pela paz
No descanso profundo do silêncio alheio,
Que me cala ao tentar falar.
Eu declino nas noites escuras
Não mais densas do que o vazio,
Ao sorriso sincero do corpo cansado
Que não mente ao dizer que esta triste.
De olhos fechados a mente não enxerga a luz
Um coração iludido ao se quebrar se liberta,
Então os galopes rápidos da dor se enrijecem
E lentamente abandonam sua mente,
Seu corpo...
Seus olhos não mais sorriem sinceros
Ao dizer que estão tristes,
Eles mentem ao chorar
Para dizer que estão felizes.
As nuvens se fecham em seu único céu,
A dor que reina livre padece,
Será enterrada em seu próprio ventre
Sofrendo eternamente com a terra que ela mesma adoece.