Eu Chamo de Amor

Voejou pelo o altar a pequena palavra,

Na folha debruçou-se em lamentos

Como lágrimas caindo dos olhos,

Do fecho de lua que adentra pela janela

Trazendo do pôr um pouco mais de solidão!

Lá, em alto mar a nau sublima-se,

Se compõe em luzes, seu guia, o cruzeiro

Bordado em cinco estrelas de rara poesia,

Rota espelhada nas águas, âmago ocasião!

O silêncio se desnuda, tinge-se de verso

Versando com a brisa e o balé inventado pelas cortinas

Soltas pelo papiro quase vazio de estros

Nunca esquecidos pelo tempo, um “q” de saudade!

As horas não param de contar o silente

Pela proa da nave navegante das ondas,

Da elegia promessa contida no olhar,

No vagar vagante dos templos, eu, o chamo de amor!

As velas estão içadas a bom bordo da alma

Flamando a favor do vento, alçando âncora

Por ditos e missioneiros a procura de ais

Seleto por um coração conduzindo esperança!

27/05/2013

Porto Alegre - RS