Versos de um Luar em Agonia
Sob o céu azul marinho
Lua em quase amarelo desponta!
Na face lágrima desliza, agoniza
Prevendo na folha letra... Prometheus!
Pela fantasia dos leopardos pardos
O verbo verbaliza-se, o verso se verseja
Em linhas metáforas borrando de tinta
O breu diante dos olhos... Misericórdia!
Morte... O despertar do cálice
Em rapsódias singulares, ares metódicos
Ao pulsar de rubra poesia, avesso uivante
Pelos levantes voejos instantes... Amor!
Da boca os mistérios do sempre
Em dilemas caminhantes mesclando-se
Sem limites aos codinomes tatuados no imo,
Nas formas de dançar pelo Éden... Apocalipse!
Soneto sonoplasta canção, edos
À palavra que se segue versando em vergalhões
O dia em nudez, a noite em apoteose
D’onde o sonho se faz estrada... Perdão!
No pé a fruta vermelha,
Ao chão o outono em pétalas douradas...
Silêncio!
27/05/2013
Porto Alegre - RS