Mãos frias
Minhas mãos estão frias,
consumidas na inércia da vida,
emergidas da exaustão da espera.
cerram-se em isolamento, deveras.
Sucumbidas como folhas no outono
secaram as margens do campo,
como esquecidas da cor do lótus
das imaculadas vermelhas pétalas, corpus...
De uma paixão de minha alma pálida
donde outrora corria água cálida
Agora frígidas perecem nas finidades
submergidas nas gotas das saudades.