O adeus maldito
Sei que à deixei na mão,
que à decepcionei em cada ação,
e tudo que esperávamos ruiu como um castelo de cartas,
sob os terremotos de minha instabilidade e meus medos,
e você agora entristecida me dá seu adeus trancando a porta,
me fecha todas as janelas de sua alma...
Talvez os juízes do tempo me condenem,
talvez eu seja executado em minha própria danação,
amargurando uma perda irreversível,
sem chances de quitar uma fatura eterna...
Sei que à fiz sentir dores imensas,
que à deixei sozinha em cada palavra,
e tudo que planejávamos virou um esboço amarelado na lixeira,
esquecido na tormenta de minhas exasperações e melancolias,
e você agora descrente me dá seu adeus com cadeados no portão,
trava todas as frestas de seu coração...
Talvez os carrascos arrastem meu espírito pela florestas,
talvez eu seja aprisionado no calabouço de minhas memórias,
amaldiçoado por um adeus sempre repetido em cada encarnação,
sem perdões para erros circulares...