A dor, o sentir e a tinta

Despejo nesses versos minha solitude

Reverto em prosa meu fraquejar

Diante do espelho cortejo as lágrimas que brota dos olhos

Assíduo descontentamento pelo desejo não exercido

Amparado pelo silenciar das palavras não ditas

Rasgo do peito as angustias

E desbravo-me por dentro

Remoendo as declarações de amor escondidas.

Reverso do acaso

Estampado no espelho rachado no meio

Praguejado pelo sofrer de alguém amedrontado pela falta de astucia

De dizer o que realmente sentia.

E assim paira na folha de carmim a tinta

O sentir,

E que sejas então lidas

As tão belas palavras que a mim, soará

Como eternas feridas!

Alex Wolney
Enviado por Alex Wolney em 18/05/2013
Código do texto: T4297003
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