Inanimação Profunda.
Bruma negra que vens até mim,
Opaca, viscosa; dominadora.
De centenas de olhares que observam,
Julgando com peso as minhas ações.
Raiva dos atos de tua pessoa,
Mas é a minha presença que causa repulsa,
Senda a tua mente vil e má, que me criou.
Como formigas os vejo,
Em minha vista embaçada,
Vertigem e calmaria deste lugar,
Não serei reconhecido após chegar.
Agora sobre meus braços já sem força,
Você grita querendo entender,
Vinte andares foram de mais para mim e para você.
Agora aos poucos tu se afastas de mim.
Mas sou eu que quero gritar,
Na minha boca não jaz mais força,
E a esta inanimação, meu coração agora abraça.