AINDA QUE SOZINHO

Fluía mansamente,
O curso do nosso rio;
Eis que de repente;
Surge a enchente,
Tudo fugiu do controle,
Tudo se tornou em desvario.

Não deu para suportar;
A força bruta da tormenta,
Veio com tanto ímpeto,
Que quase me arrebenta.

Depois desse terrível turbilhão,
Consegui sobreviver...
É certo que seqüelas ficarão,
Pois será difícil te esquecer.

Restou-me após a tempestade,
Um fio de esperança,
E óbvio, a minha dignidade,
Para trilhar um novo caminho.

... Ainda que sozinho.