A morte do poeta
Quando nasci,
já era velho demais.
A vida passara lenta
ensinando-me a nadar
em secos mares de dor,
loucos sorrisos de amor,
tanta lira.
Quando cresci
já estava próximo de uma criança
sem nada poder
mas sabendo tudo.
Aí, brinquei com a morte cruel
que me levou gritando
em histérico desprazer
por estar ela sem dó
a matar um poeta
que amava a vida
e morava com a poesia no mundo.