CERTEZAS

Que asas levem-me

Para Oblivion.

Que dias sejam noites

De intenso e acolhedor

Frio.

Que horas sejam lampejos

De inebriantes pensamentos.

E noites, pousada,

De reiterados gozos.

Que o sangue seja a bandeira

Do Nascer,

E a vida, retrato

Da quista perfeição.

Mas...

Asas não erguem

Falecidas quimeras,

Dias são abrasantes tormentos

Dos que respiram.

Horas teimam em torturar, semoventes

Que recusam a inércia.

E noites, como de hábito,

São o Arco de todas as Dores.

O sangue encerra

Moribundos e tardios

Divagares.

Fim.

E o imperfeito Círculo

Da Vida,

Nunca terá a geométrica simetria

Dos que, em vigília, sonham...

Gustavo Marinho
Enviado por Gustavo Marinho em 07/05/2013
Reeditado em 26/04/2014
Código do texto: T4279143
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