CERTEZAS
Que asas levem-me
Para Oblivion.
Que dias sejam noites
De intenso e acolhedor
Frio.
Que horas sejam lampejos
De inebriantes pensamentos.
E noites, pousada,
De reiterados gozos.
Que o sangue seja a bandeira
Do Nascer,
E a vida, retrato
Da quista perfeição.
Mas...
Asas não erguem
Falecidas quimeras,
Dias são abrasantes tormentos
Dos que respiram.
Horas teimam em torturar, semoventes
Que recusam a inércia.
E noites, como de hábito,
São o Arco de todas as Dores.
O sangue encerra
Moribundos e tardios
Divagares.
Fim.
E o imperfeito Círculo
Da Vida,
Nunca terá a geométrica simetria
Dos que, em vigília, sonham...