A TRISTEZA DO POETA

Cá, estou sentado,

Só e cheio de vazio...

Com saudade da presença materna

Que se perdeste no leito do rio.

Seguindo seu volume de fel.

Cheio de puro mel – sem sabor.

Choro lágrimas de saudades.

O dia partilha a minha tristeza.

Derramando suas lágrimas do céu.

Lavando a terra com destreza.

Dando vida ao inanimado.

Despertando o dom do arrasado.

Que vencido pela dor há-se acabado.

Dia bom o de outrora.

Momento de alegria.

Mi padre cheio de força e lamento.

Que o tomaste conta com o tempo.

A fraternidade abalada pela insegurança e revolta.

Do amor que se foi e não mais volta.

A quem ir nesta hora?

Se nem o divino hei de escutar.

No silêncio hei de ficar.

Adjunto a escuridão a me confortar.

Parceiros da vida toda e agora.

Dão-me o conforto dessa hora.

Que o tempo não mais traz.

Nem enxergo, olhando pra trás.

Obs.: poesia feita em 15/08/05.

Rosdrigo
Enviado por Rosdrigo em 07/05/2013
Reeditado em 22/10/2015
Código do texto: T4277895
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