ÚLTIMA LÁGRIMA
ÚLTIMA LÁGRIMA
Dentre minhas mil faces horrendas
Escondidas na fenda d’alma crente
Descontente pela ausência de alegria
Fantasia de supor que pode ser alguém
Dentre as derrotas de minha doce vida
Despedidas são as que mais doem
Se impõem como o respirar
Falar,calar e então o pranto escorre
Dentre as vitórias não me vejo
Invejo o sorriso pois não o tenho
Desenho a morte em meu rosto
Na boca o gosto da morte
Que sorte a minha,que beleza
Cartas,álcool e lagrimas na mesa
Incerteza engasgada na garganta
Plantada com raiz fúnebre
Me ilumine com seu desgosto
Meu rosto não te agrada
Um facada no peito vazio
Sombrio ver tua lágrima agora
Vai dizer que por mim chora?
Implora pra que um minuto volte?
Se revolte com a pílula engolida
Se acostume ao meu olhar sem vida
Deixe-me a paz eu imploro
No colo da morte quero deitar
Sem fraquejar,sem desistir eu choro
A última lágrima antes de cessar
GRISANUNES