NO EMBALO DAS LÁGRIMAS
Sem as tréguas da ausência
Me entrego a revelia de meus
dolorosos pensamentos
Perco a derradeira calma e
entro em total desespero
Esqueço porque vivo
Me questiono por que vim
Choro pelo vazio
Clamo por tua presença
Seguindo na fria madrugada
Adormeço na cama fria
Tristes pensamentos
Me perseguem sem nenhuma dó
E na garganta um amargo nó
No peito uma dor sem fim
Envolto em agonia
Suplico por ti
Continuo sem resposta
Imploro teu corpo quente
O desespero me toma conta
No embalo de minhas lágrimas
Espero por um novo dia
Me entrego de corpo e alma
Na esperança de um novo amanhã
Em forças que me acalmam
No futuro que está por vir
Me alegro, me fortaleço
Simplesmente
minha vontade obedeço
Os prantos esqueço
Te espero, cresço
No aguardo dessa breve hora
Novamente adormeço
Sonho e vivo
esta esperança
Sem lágrimas,
sem dor...
05.04.05
12h00
São Paulo - SP